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A mostrar mensagens de novembro, 2007

Exercícios de escrita: diálogos saramagueanos.

Na esplanada da praia Olhando agora o céu azul, as fofas nuvens que espaçadamente por lá vagueiam, aquele sol que tinge a linha acima do oceano de um amarelo quente, quem diria que ontem, noite dentro, a terra foi esventrada das árvores, as telhas abandonaram as vigas e as placas dos telhados, a minha mesa do quintal dançou como uma marioneta de trezentas gramas, Ninguém, É só isso que dizes, Que mais queres que te diga, Então estive aqui a esmerar-me a escolher palavras para descrever este contraste bruto como quem escolhe e mistura tintas para pintar uma paisagem campestre e tu só me atiras um monocórdico ninguém, Querias o quê, então, Pá, sei lá, queria um bocadinho de consideração, de igualdade de tratamento, não penses que é hábito meu andar a vasculhar o dicionário da cabeça para dar ignição a uma conversa de café, Então por que o fizeste, Ora essa, porque achei que assim me tornava interessante, que te agradava, que te captava a atenção, sei lá, E que te leva a crer que não fize