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A mostrar mensagens de setembro, 2008

Um libertinóide passeia por Oeiras

Arribo ao Cais do Sodré ainda tarde. Olho uma tabuleta de dígitos verdes ao cimo das escadas enrolantes. Calha-me em sorte um comboio em vias de zarpar, coisa a tardar um tudo de nada, melhor era prescindível. Hora de zarpanço: 10:20, isto posto assim aqui como posto estava lá, e com lá à tabuleta me refiro. Diz-me ainda a electrónica da dita-cuja, prestável a dar com um pau, que pelas dez e quarenta e tal estou em S. João. Porreiro, pá, nasalo eu pròs meus botões a escarnir secretamente do senhor primeiro-ministro – secretamente!, pra quê? A aparelhagem bruta de câmeras de gravar som e imagem que me persegue já desde o Campo Grande (e que me acompanhará ao longo da linha de comboio de toda a Linha no comboio e, ainda, ao regresso) mete-me nojo, dá-me gases, estou mesmo bom é pra me atirar às fuças de qualquer sócrates que me apareça à frente, algum que fosse dessa canalha da AR, desses corsários de gravata, porra! que, juro, lhes limpava o sebo! – isto tudo escapou-se-me, na fúria, em

Revista de Imprensa (short version)

A notícia começa assim ( link ): "Um especialista em "gripe das aves" disse" . Uh, promete. E continua: "Senão [sic] nos preparamos para uma pandemia, podemos ter cenários onde milhões de pessoas vão morrer" . Uh, medo. E mais: ""Se não formos comunicativos, a pandemia pode estalar num qualquer lugar do mundo e chegar ao outro lado do planeta em horas", alerta" . Estalar, uh. A mediática pandemia ainda (!) está na ordem do dia, apesar de não ser pandemia coisa nenhuma - só matou 243 pessoas em cerca de dez anos, mas já foram muitos ( muitos mesmo) os milhões investidos em "fundos de prevenção", "stocks de fármacos" e "conferências de especialistas". Já foi há mais de dois anos que tive oportunidade de me pronunciar sobre a coisa ( link ) e a ideia mantém-se. Ao que tudo indica, a mortífera «gripe das aves» anda a par com o obscuro «terrorismo internacional», com o ameaçador «aquecimento global» e com (ist

Declaração oficial do P-M no momento em que se começam a conhecer os resultados das eleições angolanas

_ Portuguesas e Portugueses, _ Os nossos irmãos angolanos vivem neste instante em que a vós me dirijo um momento que o rigor me obriga a classificar de histórico : tal como havia declarado há cerca de um mês atrás o nosso muito querido Presidente Eduardo dos Santos com o brilhantismo que se lhe conhece, Angola está com efeito a dar um inequívoco e sublime exemplo a todos os estados do Mundo do que deve ser uma eleição democrática. É com pujante determinação e carácter que o Governo e o Povo angolanos marcam o seu lugar na dianteira do pelotão dos países embaixadores do Desenvolvimento e da Liberdade. Pelos profundíssimos laços históricos e afectivos que ditosamente unem Portugal e Angola com o vigor e beleza do Amor verdadeiro, é com regozijo que, em meu nome pessoal e em nome de toda a Nação portuguesa, endereço os mais calorosos parabéns ao Presidente previsivelmente reeleito, Eduardo dos Santos, ao que junto um ultramarino amplexo fraternal e caridoso a todo o bravo e lúcido Povo an