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A mostrar mensagens de novembro, 2010

Telegrama 046

046 É paradigmático que, num quadro social em que são as condições de vida em geral que estão em causa, a forma de protesto seja não ir trabalhar. A Vida é o Trabalho e o Trabalho é a Vida. Um e outra formam uma argamassa compacta e indissociável que define a existência humana.

Telegrama 045

045 Uma das maiores conquistas das lideranças democráticas foi, sem sombra para dúvidas, a autorização do protesto popular inócuo.

Do sistema fiscal

Só por si, a fraude fiscal custa (mais) impostos, não só pelos mecanismos de polícia fiscal e de carácter administrativo que faz introduzir num sistema (quiçá inapelavelmente) pesado e caro, como pelas, por assim dizer, compensações que, apesar de frequentemente omitidas no discurso político, sempre se verificam. Isto é dizer que, se todos pagassemos, todos pagavamos menos. . Na outra face da moeda encontra-se a canalização d´impostos para fazer face às necessidades da sociedade e do aparelho do Estado, em teoria aquilo que está a montante de toda a acção tributária. Quero dizer, a cobrança de impostos deve cingir-se ao estritamente indispensável (seria interesse tentar balizar e nomear o que é isto do estritamente necessário - assunto de grande sensibilidade nos dias que correm). Justamente, se, por um lado, o sistema fiscal se vê a braços com o virulento problema da fraude fiscal - cuja responsabilidade recai facilmente sobre os contribuintes -, do lado oposto da trincheira os contr

minuto de ecunomia

a montante de toda a salganhada respeitante ao orçamento do estado para o ano que vem encontramos uma lógica eminentemente conclusivista, que é semelhante a dizer fragmentária da realidade. não só a vida não se reduz a «mercados internacionais» e taxas de juros, como tampouco deles parte ou depende. isto é, não é necessariamente verdade que o rumo de um país comece onde a sua conta-mor acaba ou, por outra, se define. com efeito, a vida não pára. e muita houve antes deste ou de qualquer outro orçamento do estado. uma sociedade humana é sempre demasiado complexa para ser empequenada à luz perversa de uma visão meramente económico-financeira. por outro lado, a lógica que rege esta engrenagem aparentemente imparável é ela própria algo contraditória: pois sufocar a capacidade real (e, não esqueçamos, o ânimo) de consumo é frontalmente contrário à ordem-mãe dos estados industrializados. quanto à retórica que concerne à negociação da dívida pública portuguesa (cúmulo de irrealidade), dizer qu

Coisas a granel

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