A dinâmica mediática da pandemia: uma síntese

A dinâmica mediática da pandemia tem sido esta: manter o lume vivo, provocar uma nova restrição.

Quando, nos idos da Primavera passada, se começou a falar do uso generalizado e obrigatório de máscara, ficou de imediato no ar a ideia de que, quando aquela pseudo-causa fosse ganha, outra se lhe seguiria. Assim foi, assim tem sido. E não há sinais de abrandamento.

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Agora que, há poucos dias, a pseudo-causa do fecho das escolas foi alcançada, imediatamente poluem a opinião pública uma série de outras medidas que urge implementar. Nos dias que correm, duas ganham relevo: o fecho de fronteiras (uma espécie de encore) e o uso obrigatório de máscaras FFP2.

A experiência diz-nos que, sobretudo num caso como o das máscaras, será talvez apenas uma questão de tempo até que essa norma seja importada. De facto, Alemanha e Áustria já decretaram essa medida e muitos há que olham para aqueles países com uma admiração sem limites.

Como já aqui apontámos, é o relativo falhanço das medidas de combate à pandemia que determinam o seu aprofundamento e a sua perpetuação. Mas não se trata, no caso vertente, de avaliar a lógica ou a validade de adoptar esta ou aquela medida. Trata-se do fenómeno mediático em si, do que representa e, principalmente, dos seus efeitos. A máteria-prima desta cada vez mais diabólica indústria é a manutenção permanente de um estado de incerteza e medo. A actualização incongruente e histérica de novas pseudo-causas (as novas medidas que o Governo tem de pôr em prática) é um elemento estrutural desta indústria.

Outro elemento que tem ganho relevância é o das "novas variantes". A famosa "variante britânica", sobre a qual existem apenas dados preliminares, descritos por vários especialistas como "inconsistentes" e "heterogéneos", vai sendo usada por vários governos para, apesar disso, manter o nível de alerta num máximo de insanidade. As televisões juntam-se à festa. E já vai ganhando força a "variante sul-africana". Esta procissão está há meses no adro.

Voltando à Alemanha, chegam-nos de lá notícias muito preocupantes.

fonte: esta

Esta crise pandémica tem sido o motor de um retrocesso civilizacional profundamente assustador. O papel desta dinâmica mediática nesse retrocesso é axial.

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