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A mostrar mensagens de outubro, 2010

Puta que pariu o Orçamento do Estado

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A Ordem das Coisas

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O actual modo de organização social e económica parece reforçar-se mesmo nos momentos de crise, em que as suas deficiências e injustiças se evidenciam mais ruidosamente. Aliás, dir-se-ia que é num quadro de falência como aquele que se vive presentemente que o sistema se impõe com maior autoridade e, com apreciável desfaçatez, se proclama como sendo a derradeira solução, o último reduto. Nesta óptica, seria legítimo defender que tais «crises» são desejadas no seio da máquina, ou até que por ela são provocadas (com o risco característico de uma aposta num jogo de sorte). Com efeito, conjunturas de aperto financeiro e económico sempre se revelaram propícias ao desenvolvimento de certas condições laborais, políticas e de mercado que estão no cerne da perpetuação da corrente Ordem das Coisas. Órgão vital da Ordem, seu revestimento exterior - a sua pele -, a Comunicação (a palavra e a figura, a sugestão e a prestidigitação) assume um papel determinante. Numa dinâmica capitalista, todas as o

Marcadores de tempo

Marcadores de tempo O tempo que o tempo leva a passar, ou melhor, a noção que temos do tempo que o tempo leva a passar não decorre, como é costume dizer-se, do prazer ou desprazer que aquilo que estejamos a fazer, ou onde, ou com quem, nos causa. Prova disso é que o tempo passa rápido mesmo quando o gastamos a executar tarefas que nos desanimam, em sítios que nos angustiam e ao lado de pessoas que nos enervam. No trabalho, por exemplo. Um dia de trabalho intenso e com o mínimo de pausas passa a voar. A concentração adjacente à coisa pauta-se por uma notável distracção relativamente àquilo que poderíamos designar por marcadores de tempo . . Continuação da ideia Claro que o ror de ponteiros e dígitos que emolduram o nosso quotidiano em geral e o nosso local de trabalho em particular são os marcadores de tempo por excelência. Mas também o Outro (com os seus hábitos), as rotinas tradicionais (como a refeição da uma da tarde) ou certos aspectos genéricos da nossa sociedade (como as músicas

Presidenciais marcadas para meados de janeiro

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Não elegemos os mercados internacionais que nos governam. «Mercados internacionais» é um ser mitológico, focinho de iguana e corpo de homem-de-negócios. Diz quem sabe que caga de pé. É o pop hit #1 deste ânus de 2010. O cavaco vai ser reeleito e tudo nunca mais vai ser sempre o mesmo, porque o «Mesmo» vai ser submetido a um update autorizado da microsoft e tudo será para sempre o nunca que a situação actual das contas públicas aconselham. .