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A mostrar mensagens de abril, 2020

Vai Ficar Tudo Bem

Imaginemos um indivíduo que acabou de regressar de um retiro espiritual algures no Kalahari. Ali passou os últimos 45 dias, sem qualquer contacto com o exterior. O sujeito chama-se Jorge Arbusto e, tendo tão-somente ido a casa pousar as bagagens, foi ao supermercado ao pé de casa comprar alguns víveres. Jorge ficou muito chocado com o que foi testemunhando, no caminho, nas ruas da sua vila: os restaurantes, cafés e lojas de rua encerrados, os passeios praticamente sem gente e com um número surpreendente de luvas de borracha e máscaras hospitalares espalhadas pelo chão, as estradas com pouquíssimo tráfego, tudo quanto era banco de jardim ou equipamento público exterior vedado por fitas da Polícia Municipal e da Protecção Civil, uma inusitada presença de agentes e viaturas da GNR em patrulha - veria mesmo uma delas a circular lentamente junto a uns prédios e a emitir um aviso pelos altifalantes do tejadilho e, mais à frente, um drone a sobrevoar uma praceta - e um sem-fim de reclames

Covid-19: questionar a proporcionalidade da reacção

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Um inquérito recente da DECO calcula que cerca de 6 em cada 10 trabalhadores portugueses sofreu já o impacto da actual situação sócio-económica. E ntre quem perdeu o emprego, viu o seu horário reduzido ou passou temporariamente à inactividade, o inquérito contabilizou 58% de respostas. "Covid-19 prejudica 60% dos trabalhadores" Confirmando-se a representatividade do inquérito, esta percentagem corresponderá, no universo total de trabalhadores portugueses (que a PORDATA calcula que eram, em 2019, pouco mais de 5,25 milhões), a mais de 3 milhões (!) de pessoas, o que diz bem da transversalidade e da escala dos problemas económicos causados pela gestão desta crise pandémica. Pois 3 milhões é agora o número de infectados... em todo o globo. Olhando aos números do emprego e à tendência que esboçam (verificou-se já uma subida de quase 10% da taxa de desemprego), não será de espantar que o próximo mês mostre valores que expressam uma regressão aos números dos idos de 2008.

Futurologias covidianas (1)

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Julho de 2020 Finda a crise pandémica, o estado público-institucional excepcional e a contenção domiciliária da população em geral, é revertida a quebra de aproximadamente 45% na afluência aos Serviços de Urgência do SNS verificada durante o mês de Março e regressam, num crescendo mediático, as notícias do seu dramático entupimento. link aqui 21 de Março de 2021 Na ressaca da crise ligada ao surto do Covid 19 - primeiro essencialmente sanitária e humanitária, depois essencialmente económico-financeira - e no seguimento das correspondentes manifestações e respostas emanadas de Bruxelas, Berlim & Co., Itália referenda saída da UE. link aqui