A ditadura da (vacinação) COVID-19
1. Qual é a melhor maneira de descrever o grau, ou o tipo, de obrigatoriedade da vacinação COVID-19 na generalidade dos países ocidentais? Trata-se de uma obrigatoriedade indirecta ou de uma obrigatoriedade velada? Subentendida ou oficiosa? Envergonhada ou desavergonhada? Prática ou por inerência? O fenómeno levanta, como se vê, questões semânticas de alevantadíssimo interesse. Note-se, porém, o seguinte: a discussão será sempre, sejamos francos e rigorosos, a da adjectivação da obrigatoriedade. Porque que é obrigatório não se discute. 2. Em Portugal tivemos o uso generalizado do chamado «certificado». Só os cidadãos com certificado (leia-se, os cidadãos certificados) podiam, por exemplo, jantar no interior de um restaurante entre sexta-feira e domingo ou, outro exemplo, pernoitar numa unidade hoteleira. Havia, bem sei, a alternativa do teste negativo, mas o essencial é isto: a cidadania conheceu (conhece ainda) uma hierarquia: os que têm certificado e os que não têm certificad...