Os números COVID-19: ou latos em excesso, ou inconsistentes, ou pouco consolidados
Foi noticiado, há cerca de uma semana, a trágica morte de uma criança de seis anos num hospital em Lisboa. A RTP titulou: "Morreu uma criança de 6 anos com teste positivo à covid-19" . Tanto quanto sei, e mau grado algumas notícias sobre a investigação levada a cabo pela PGR, não se apurou, até hoje, a causa da morte. E, no entanto, logo ficou nota de que este menino entrou na soma de óbitos da pandemia do novo coronavírus: a "quarta morte" na faixa etária dos 0-9 anos. Olhando ao boletim de ponto de situação da DGS desse dia , não é possível confirmar que foi essa a contabilização feita - a escala do gráfico da segunda página inviabiliza essa leitura. Mas, se bem me lembro, o critério de mortalidade em vigor durante o período de pandemia que Graça Freitas foi descrevendo logo nas primeiras semanas da crise pandémica era, em síntese, este mesmo: todos os óbitos com diagnóstico de infecção por SaRS-CoV-2 são registados como óbitos COVID-19. Dizia a notícia que "...