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Telegrama 025

025 Os dias 16 tornaram-se especiais há mais de 5 anos. E ainda és a minha Princesa Y

E quando a guerra acabar...?

Já anoitecera e havia um cheiro a castanhas na travessa do Ateneu. Uma chuva miudinha dava um brilho de invernia aos edifícios oitocentistas da Baixa e convidava aos cafés. Era noite de circo e aquelas ruas estavam cheias - e que belas ficam aquelas ruas assim. A bicha ia do Coliseu ao Rossio. A meio caminho, na mesa única da esplanada de um pequeno tasco, três homens tocavam guitarra. Um deles também cantava. Na mesa, contei nove garrafas de cerveja. Nenhum copo. Do burburinho da fila e do ruído automóvel das ruas paralelas, erguia-se a voz rouca do cantor amador. A rouquidão era a expressão do seu sofrimento, era o prolongamento da sua revolta. E dizia assim: . "Eu nasci pra ser soldado Eu nasci pra ser soldado Eu nasci pra ser soldado E quando a guerra acabar...?"

Reencontro

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Ontem peguei novamente num Sherlock Holmes . A princípio hesitante, pensando que a leitura daquele título já não me iria cativar, rapidamente me reencontrei com o velho Watson, com o imperturbável Holmes, com o acolhedor 202 de Baker Street e, psicologias à parte, comigo mesmo – ou, pelo menos, com uma parte de mim mesmo. Em rigor, não sei bem qual; e talvez isso pouco importe. O sentimento foi, com efeito, de reencontro – e isso chega-me. Aqueles que foram os contos que verdadeiramente me iniciaram no imenso prazer de ler não têm para mim qualquer segredo. Li-os de lés a lés, e muitas vezes ( mesmo muitas). Sem surpresa, assim que comecei a ler, a páginas duzentas e vinte e oito, um tal caso chamado “A Escola do Priorado” (que escolhi ao acaso), lembrei-me quase imediatamente de toda a acção da história e dos seus protagonistas. E, simultaneamente, lembrei-me de quando a li pela primeira vez. Recordo-me bem que me apetrechava de uma bela fatia de bolo de noz ou de biscoitos de cane...