Territorial Pissings

Epá! Irra!...
...
...ouvi agora na telefonia que os nossos deputados, essa escória perfumada e bem aperaltada, essa canalha com rendimentos elevados, essa escumalha imune-e-deficiente, já concordou em "flexibilizar" os horários dos trabalhos parlamentares no próximo dia 21 de Junho (se não me engano), dia em que a selecção portuguesa de futebol irá jogar contra a homónima do México. É verdade: depois de alguma reticência por parte da bancada parlamentar do PS, ficou acordado entre os familiares e amigos empregados na AR que se iria "flexibilizar" a ordem dos trabalhos, antecipando um plenário que estava marcado para essa tarde para a parte matutina do dia e retomando uma outra qualquer sessão protocolar de que desconheço a designação - também já na agenda e igualmente secundária relativamente ao futebol -, para depois do jogo. Lindo!
Mais: a Associação Portuguesa de Comerciantes, na voz do seu presidente, já anunciou que vai seguir o exemplo da AR e que irá ser "flexivel" entre as 3h e as 5h do fatídico dia. Acrescentou, note-se bem, que esta "flexibilização" é uma "questão de bom-senso", o que levou a que eu fosse confirmar o significado da popular expressão.
Com tudo isto, apetece-me chamar-lhes, principalmente aos eleitos-pelo-povo-logo-seus-representantes-podiam-ter-um-pingo-de-respeito-por-nós-seu-povo-apesar-de-por-sermos-povo-sermos-estúpidos-e-manipuláveis-senhores-deputados, algum nome, alguma obscenidade, algum impropério. Ocorreu-me "energúmenos", mas, não só não se aplica, como é proíbido, porque difamador - porque em liberdade também há espaço a que não se dê espaço - termo recentemente indexado pelo Tribunal do Porto, abençoada casa de justiça e democracia. No fim, opto por chamá-los, aos deputados, de "deputados", que é um palavrão que não se pode dizer ao pé dos nossos pais, como Foda-se. E, agora que olhei à volta e vi que os meus progenitores não estão nas cercanias, desabafo um impotente "foda-se".

Então e não é que no outro dia dei de caras com a notícia de que cientistas norte-americanos disseram ter provado que o HIV é uma mutação de um vírus do mesmo género identificado nuns macacos do Senegal?...
Será que, nesse estudo, tiveram em conta a poliomilite que atingiu um presidente americano na década de 50 e que motivou experiências em cerca de 1 milhão de cobaias humanas (africanos)? E que, dos primeiros 46 seropositivos identificados, 45 eram africanos que viviam num raio de 145 kms da área onde foram realizadas aquelas experiências?
E será que provaram cientificamente o que afirmaram?

Mas a vida continua. E dá muitas voltas. O que me traz à memória, logicamente, a gripe das aves, ou melhor, Gripe das Aves, pandemia do século XXI - como o estádio do Sporting.
A questão é: será que a gripe das aves migrou?...
Bem, talvez já se tivessem esquecido dela... pois, eu compreendo: o quarto (ou primeiro?) poder já não vos vai, hollywoodisticamente apocalíptico, recordando dela.
Como porventura já se tinham olvidado da palhaçada que houve na AR aqui há umas semanas (ou do Antrax, ou de Abu-Grahib) aquando daquele bem-vindo fim-de-semana alargado, que foi ultra-alargado para os malfadados deputados da nação, e que levantou uma maré de descontentamento no país, maré que foi como o outro sol, de pouca-dura, porque, na volta, o vento a levou, ele que, dizem uns, tudo leva.

Mas como dizia, a vida continua. E é impressionante ver como em Angola se vai vivendo a segunda epidemia de Cólera dos tempos mais recentes (a primeira ocorreu entre 1987 e 2002 e vitimou 1460 angolanos), em que já morreram mil quinhentos e catorze seres-humanos - sim, são seres-humanos, apesar de africanos - e que já atingiu mais de quarenta milhares de pessoas (segundo a OMS). But hey!, watch out for the Bird Flu!

Já dizia o Jorge de Sena: cada vez mais penso que Portugal não precisa de ser salvo, porque estará sempre perdido como merece. Nós todos é que precisamos que nos salvem dele.

E já dizia o A. João Soares (de Cascais): E, de forma mais acutilante, há quem diga que, salvo raras excepções, Portugal não é um país de gente séria, a começar por muitos políticos. Podemos não alinhar nestas maledicências, mas o certo é que não é fácil encontrar argumentos para as rebater. Os factos falam por si.

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