Declaração oficial do P-M no momento em que se começam a conhecer os resultados das eleições angolanas

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Portuguesas e Portugueses,
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Os nossos irmãos angolanos vivem neste instante em que a vós me dirijo um momento que o rigor me obriga a classificar de histórico: tal como havia declarado há cerca de um mês atrás o nosso muito querido Presidente Eduardo dos Santos com o brilhantismo que se lhe conhece, Angola está com efeito a dar um inequívoco e sublime exemplo a todos os estados do Mundo do que deve ser uma eleição democrática. É com pujante determinação e carácter que o Governo e o Povo angolanos marcam o seu lugar na dianteira do pelotão dos países embaixadores do Desenvolvimento e da Liberdade.
Pelos profundíssimos laços históricos e afectivos que ditosamente unem Portugal e Angola com o vigor e beleza do Amor verdadeiro, é com regozijo que, em meu nome pessoal e em nome de toda a Nação portuguesa, endereço os mais calorosos parabéns ao Presidente previsivelmente reeleito, Eduardo dos Santos, ao que junto um ultramarino amplexo fraternal e caridoso a todo o bravo e lúcido Povo angolano.
Em virtude da frontalidade e transparência que sempre caracterizou o meu percurso político, não podia deixar de me referir às críticas e insinuações que perfidamente brotaram de alguns quadrantes políticos angolanos, em especial e em concreto do maior partido da Oposição. Pois tal é o despropósito de tais declarações e rumores, que somente tenho a afirmar o seguinte: o acto eleitoral que tivemos a honra de presenciar e apadrinhar foi, assim no-lo garantem o bom-senso e sapiência dos observadores internacionais, jornalistas e demais testemunhas creditadas, plenamente correcto e legal na sua organização, totalmente imaculado e regular nos seus resultados, ou seja, uma concretização paradigmática do sufrágio universal que gloriosamente dá voz e corpo à soberania popular. De resto, só poderemos atribuir tamanha insensatez e falta de decoro a uma imperdoável incapacidade para digerir uma derrota que se sabia de antemão inevitável.
Finalmente, quero deixar claro que as sinergias institucionais, empresariais e de demais âmbitos que num passado recente têm engrandecido transversalmente as economias dos dois países são uma prioridade central para o Governo que orgulhosa e serenamente lidero, as quais, sem sombra de contestação, muito têm beneficiado todos os Portugueses e Angolanos. Sem embargo, é minha convicção que existe um largo potencial de desenvolvimento por levar a bom porto, o qual poderá encontrar o desejado norte num ainda maior estreitamento de relações, ideal que perseguirei com a sageza e dedicação que reconhecidamente me caracterizam e que encontra as condições óptimas no contexto de estabilidade social e legitimidade política proporcionado por estas benfazejas eleições.
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Viva Portugal, viva Angola, viva a Democracia.
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