Um cafézinho, fachavôr.

“O unanimismo conduz (...) à indiferença e esta à desistência, porta aberta para a manipulação.”
Fernando Dacosta

“Com um povo maioritariamente não esclarecido, não há voto que tenha influência.”
MCK


Qual o sentido de sociedade humana senão o dos progressos individual e colectivo, um em função e produto do outro, em saudável inter-relação, por sua vez motivada e promovida pela inteligência honesta, pelo bom-senso relativo, pelo contraditório fundamentado, pela informação imparcial e pertinente, na forma e conteúdo. Pois o que se opõe a isso? A díspar distribuição da riqueza material e social, o degredo moral e ético, ambos fomentados pelas prioridades transviadas, pela incompetência das mentes, pela fraqueza das carnes, pela cultura de facilitismo e de conformismo.
Qual a nossa função, quiçá missão, senão a de participar e de contribuir para a evolução infinita da civilização, do intelecto humano e das suas maiores criações, como a escola, a comunicação social? Como poderemos fundamentar uma eventual resistência a esses propósitos, tão nobres quanto exigíveis? Como é que se explica uma tão generalizada indiferença, um tão descarado desprezo, pelas matérias políticas, pedagógicas, sociais, ambientais, artísticas?
Por outro lado, que forças de bloqueio são estas, donde vêm esta imposta impotência, esta invisível dominação, este quadro de controle? Se falamos em Homem – que masoquismo, ou que maquievelice, ou ambos: que levaram aos pretérito e presente usos da Burocracia, da pólvora, do nuclear, dos média, das revoluções políticas, enfim, de tudo!, em prol da apatia, da destruição, da repressão, do esvaziamento – da criatividade e da liberdade e das consciências!
É preciso ressuscitar as almas, as gargantas, os olhos e as mãos, lenta mas sustentadamente, contra o olvido do nosso papel, de todos e não só dalguns, contra os interesses instalados, tão influentes quanto errados, contra a desresponsabilização e inactividade, contra a maledicência oca e afectada! A favor do amor verdadeiro e da liberdade plena, do fervor borbulhante e da sensatez obstinada, da palavra desinteressada e do sentimento profundo, do individual e do colectivo!

E o que cabe a cada um de nós?

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