Regicidem, sff

Há cem ânus limparam o sebo ao rei. Foi acolá ao Terreiro do Paço, em sábado soalheiro: zás! um balázio bem aviado na real espinha. Plo menos assim reza a legenda, aliás por estes dias bastamente recontada com certa nota apologética sobre o ex-imperante.
Ditosamente, não obstante os três metros de bolorenta banha qu´ a bala teve de vencer, a coisa deu-se, valeu afinal a pena o investimento nas espingardas importadas: o monárquico-mor bateu a engraxada bota antes qu´ o Diabo esfregasse o entrefolho do olho do cu.
Pena de tal óbito? Só por tardio, ora então. Pois claro, por quem sois! Julgais então que um tão grande cabrão, que privou a vida a inúmeros desgraçados em nome de coroadas putices, merece consideração dalgum género? Oh! bardamerda.
Bem-haja, Buíça e Costa! Quanto a outros que tais, que em cafés, sussurrando, conspirais, não s´ acanhem, fazem falta: chumbada nos lombos dos soberanos d´ hoje!
Bom, alguma contenção: nem todo o político é arraçado de cagalhoto antropomórfico: a assunção é puramente teórica, e é esta: s´ o pivete a esterco é regra entre a classe mandante, há-de haver lugar à sobejamente falada excepção-que-confirma-a-regra – ainda que assim de memória não me lembre duma que seja.

Mensagens populares deste blogue

Algo de errado se passa.

Desencontro, ou Enquanto as ervilhas cozem

Os números COVID-19: ou latos em excesso, ou inconsistentes, ou pouco consolidados