Prós & contras

Não só não faz sentido que o esforço seja colectivo e os lucros subsequentes sejam particulares («lucros» e não «benefícios», como tantas vezes se afirma), como não se deve (continuar a) fomentar, por mais indirectamente (e inconscientemente?) que seja, uma espécie de farsa social e cultural às escalas local e/ou nacional: muito simplesmente, os contribuintes-trabalhadores-eleitores têm muito com que se aborrecer, têm muitas razões para serem impacientes, têm muitos motivos para não colaborarem na - e eis o porquê de todo este discurso - "melhoria da hospitalidade" do destino Portugal. Sim, o «produto» e a «experiência» turísticos são matérias da vastidão de um oceano e não se restringem, nem por sombras, aos agentes turísticos dos ramos da hotelaria e da restauração (?), como também se afirmou no - e eis o quê do presente texto - Prós & Contras da passada segunda. Mas isso (repito) não deverá levar os decisores turísticos a defender, como se de uma obrigação patriótica se tratasse («é a economia portuguesa que está em causa, é o futuro do país que está em risco, o turismo é a tábua de salvação de Portugal»), que as populações locais devem empenhar-se activamente numa (pretensa) oferta turística de qualidade.

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