Mentira e contradição, constantes da vida e da arte 3

Por só agora o ter lido, só agora o trago à conversa:
"No fundo, há que reconhecer que a história não é apenas
selectiva, é também discriminatória, só colhe da vida o que lhe interessa como
material socialmente tido por histórico e despreza todo o resto, precisamente
onde talvez poderia ser encontrada a verdadeira explicação dos factos, das
coisas, da puta realidade. Em verdade vos direi, em verdade vos digo que vale
mais ser romancista, ficcionista, mentiroso."
P.S.: Insisto no risco das citações & transcrições. E de risco se tratando, desconheço se será decisão benigna ou maligna aos meus puros intentos. Talvez que baste a (boa) intenção.
No caso, diga-se, apenas para que conste, cita-se A Viagem do Elefante, de 2008, o último (que o não seja também em termos absolutos) romance de José Saramago, a páginas duzentas e vinte e sete.
A propósito de referências bibliográficas, será oportuno dizer que as primeiras citações, de André Bazin, foram retiradas da sua obra O que é o Cinema?, de 1958. Já a (longa) transcrição de Edgar Morín foi retirada do notável livro intitulado O Paradigma perdido: a Natureza Humana, de 1973.

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