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sou eu o álibi do meu suicídio não fiz juramento digo a verdade que quiser sou o assassino da pessoa que digo ser minha investigo o crime colho pistas apago pistas despisto-me se me persigo persigo-me pelas ruas por ruas que não conheço e perco-me sem nunca sair do sítio numa ânsia num desassossego numa saudade daquele eu que morreu às minhas mãos porque sabia demais viu-me a cara tive que o limpar

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