Elogio breve da filha-da-putice
Ó Lisboa, teus seios são as colinas, tu apronta-me teu asfalto chão para mais perdidamente beijares os beatificados pneumáticos do papamóvel no próximo onze de maio,
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Ó Lisboa, toalha à beira-mar estendida, tu caia-me tuas fachadas egrégias para melhor arredondares uma vénia a sua santêza o pio papa bento xvi no próximo onze de maio,
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Ó Lisboa, da luz que os meus olhos vêem, tu prostitui-te mãos-largas no peditório do Terreiro aquando da matemática missa das oitenta mil cabeças de gado e das duzentas mil coroas de oiro a custo-zero no próximo onze de maio,
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Ó Lisboa, menina e moça, tu entoa-me as rezas todas que a ocasião te exigir com marcial disciplina mesmo que a garganta se te embargue com a inenarrável comoção de através de um mísero vidro à prova-de-bala vislumbrares sua eminência o ratzinger papificado no próximo onze de maio.
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Ó Lisboa, toalha à beira-mar estendida, tu caia-me tuas fachadas egrégias para melhor arredondares uma vénia a sua santêza o pio papa bento xvi no próximo onze de maio,
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Ó Lisboa, da luz que os meus olhos vêem, tu prostitui-te mãos-largas no peditório do Terreiro aquando da matemática missa das oitenta mil cabeças de gado e das duzentas mil coroas de oiro a custo-zero no próximo onze de maio,
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Ó Lisboa, menina e moça, tu entoa-me as rezas todas que a ocasião te exigir com marcial disciplina mesmo que a garganta se te embargue com a inenarrável comoção de através de um mísero vidro à prova-de-bala vislumbrares sua eminência o ratzinger papificado no próximo onze de maio.