La crisis: resegna estórica

Um grande bando de grandes fideputas peculatou o tesoiro da mátria em acto da mais reles banditagem. Cenário de banca rota: o oiro caiu muito plo buraco. Os cujos inda se afadigaram a disfarçar o roto do seu carácter com remendigagens várias, das costumeiras às exóticas, das estrangeiras às patrióticas. Pois merda. O mal estava feito e, benza-os deus, muito bem feito. Competência para a incompetência.
Procedeu-se então, em sede de co-omissão para lamentar, à industriosa descrição do mui surpreendente! rombo do casco do baú da nau do inacional tesooiro, seus quandos, porquês & entãos. Heroicamente, cabalmente, sinteticamente, diagnosticou-se o mal de que afinal padeciam as finanças públicas: contágio interintencional, vírus daquém e dalém-mare, coisa muito globalizada e pós-moderna e, sobre o mais, inevitável, pelo que, remataram os dinheirologistas, toca-a-todos e porttugale não é excepção.
Entrelinhamente, inocentava-se destarte o grande bando de grandes fideputas de responsabilidades quaisquer e todas. As gentes disseram está bem com os ombros e deitaram-se a votar em muito boa conformidade. Uma democratia madura.
O caso ensaiara redondeza de círculo quando os mesmíssimos que derreteram o tesouuro trataram de desexplicar o rompimento do cophre do poortugal. Abotoaram-se pois os finais botões do círculo: são os cujos que hoje de-ter-minam a terapêutica. Este círculo é um casaco de botões. O país é um casaco de botões onde dez milhões de pobres desalmados pobres morrem a sua vida devagar.

Mensagens populares deste blogue

Algo de errado se passa.

Desencontro, ou Enquanto as ervilhas cozem

Os números COVID-19: ou latos em excesso, ou inconsistentes, ou pouco consolidados