Monte de sarilhos
A crítica às palavras de D. Policarpo a propósito do “monte de sarilhos” em que as não-muçulmanas se metem ao casar com um muçulmano são a meu ver condenáveis (sobretudo) pelo que há de condenável numa qualquer generalização – e que é, além do mais, inútil. Não se pode crer que o recurso a generalizações acerca de um “outro” seja uma ferramenta para ajudar um “próximo”. Mais facilmente isso se explica numa lógica de “auto-ajuda” ou, por outras palavras, auto-promoção. O cardeal-patriarca falava numa tertúlia no Casino da Figueira. Defendia uma posição e isto é, ironias e hierarquias à parte, sagrado . Penso que esta liberdade de opinião se deve estender aos meios de comunicação. Os mitos da isenção jornalística , das hard news, dos factos & relatos , e de todas essas utopias cheias de boa-vontade (ou nem por isso) que são o norte (ou desnorte) da comunicação social em Portugal (e não só), devem ser filtrados nestas apesar de tudo curtas-metragens que vão enchendo as prateleiras de...