Em 2009, nada de novo (ou não)

O PR disse, com aquele semblante dorido e grave que lhe conhecemos: "não devo esconder que 2009 vai ser um ano muito difícil". Dizem as gentes que para bom entendedor meia palavra basta, e é bem verdade. Aníbal Silva não o disse expressamente, mas todos lemos: "2009 vai ser um ano muito difícil [para alguns, os mesmos dos anos passados]".
Na mesma linha, o Papa disse que a situação exige de todos "mais sobriedade". Com efeito, Bento XVI discursa habitualmente sóbrio. Disso ninguém o pode acusar.


Quanto ao outro Bento, o Paulo (o número deste não sei, mas ele jogava com o XVII, não era?), ninguém disse nada. Por terras de Alvalade, treinador e presidente são tema tabu, o que tem, sem dúvida, as suas vantagens: todos sabemos que, quando as gentes do futebol abrem a boca, ou entra mosca ou sai (...) asneira. Assim, em silêncio, não há baixas a assinalar. Mas queria chamar a vossa atenção para isto: no artigo do Record dedicado a este não-assunto, já se observa a aplicação do novo Acordo Ortográfico: "refletem" ou "objetivos", por exemplo. É caso para dizer: neste novo ano, eis finalmente algo de novo.

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