Maniqueísmos & propagandas

Foram precisos 8 longos anos para que a intolerância maniqueísta imposta como moralmente obrigatória relativamente ao «terrorismo internacional» pós-11 de Setembro - fosse, finalmente, posta em causa por um alto governante. David Miliband, MNE inglês (ou algo equivalente), aquele que nos Jerónimos assinou o mal-amado Tratado de Lisboa, contrariou o conceito de «guerra ao terror» difundido pelo governo norte-americano: que, na minha opinião, remete para a ideia hollywoodesca de um arqui-inimigo maléfico e obscuro, que, a qualquer momento, no mais improvável ou seguro dos lugares, por pura e gratuita maldade, pode atacar - e que foi, de resto, reiterada na última conferência de imprensa do texano, com o seu discurso vincadamente terrorista (porque lança, ou isso parece intentar, o terror: com a sua vaguidade, entoação, terminologia, temática, etc.). Enfim, importa evitar conclusivismos em matéria tão vasta e complexa. E talvez importe também analisar com atenção o contexto em que surge esta declaração.

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