Ainda a manif dos profs

Por motivos que a nossa redacção ainda tentava apurar à hora do fecho desta edição, só hoje vieram a público declarações de alguns dos professores mais mediáticos da nossa praça, recolhidas justamente na mais mediática das nossas praças, a Praça do Comércio, em Lisboa, aquando da manifestação que juntou 40 mil professores e 80 mil familiares e amigos contra o sistema de avaliação da classe docente proposto pelo Ministério da Educação. Conforme extraímos da leitura atenta do e-mail que fonte segura nos fez chegar com uma digitalização de boa qualidade do diário gratuito Destak, que citava a Agência Lusa, a qual, por sua vez, recorria ao telex da Igreja Universal do Reino de Deus (que tem, como se sabe, instalações num prédio na Rua da Prata e que, como tal, viu tudo), as queixas dos professores ali reunidos, ao contrário do que alguma imprensa, com declarada má-fé, anunciou, não se limitavam somente ao modelo de avaliação a que estão sujeitos. "Exerço a minha profissão há vários anos a esta parte, tenho vasta experiência inclusivamente do modelo inglês, e não admito que coloquem em causa as minhas competências", berrou o Professor Carlos Queirós, com o verniz visivelmente estalado, enquanto a seu lado um professor de Fisico-Química da Escola EB 2+3 da Lourinhã tocava acordeão. Por seu lado, e ainda segundo a mesma fonte, o Professor Jesualdo Ferreira, do Porto, assegurava que estava ali "em protesto contra a abusiva assunção de crise que os meios de comunicação têm veiculado nos últimos tempos, estamos tranquilos e os jogadores sabem o que têm a fazer", acrescentando ainda que, em abono da verdade, se tinha deslocado à capital "um pouco por lazer", porque "ultimamente tenho gostado muito de cá vir". Nota ainda para as declarações de outro conhecido professor, "não prrecisa pagá logo, tem rresultados imidiatos, mau olhado, emprrego, casamento, mulhé, sexo, dinheiro, tudo, eu lhi ajudo". O Professor Caramba afirmou ainda que se orgulhava muito de ver a classe assim tão unida, em vigoroso exercício democrático, e, questionado sobre se comparecerá na manifestação entretanto já agendada para 19 de Janeiro do próximo ano, o professor anuiu com vigor, "sim, senhô!".

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