Sonho

sentava-me
em uma esplanada em um destes dias de invernia que vivemos e
de café bebido (o primeiro)
deixava-me ficar até que
os ventos frios que asfixiam estas ruas que nos deram para percorrer
me congelassem.
(assim: a chávena vazia os sulcos secos a porcelana gasta e as pernas estendidas os pés em cruz.)
a princípio ninguém daria conta (nem eu, bem entendido)
mas o sol coado e frio rodava enfim desaparecia e então
talvez
alguém reparava.
.
melhor ainda: alguém se me juntava.

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