Outra vez os porcos dos Irlandeses

Os Ministros dos Comes e Bebes da União Europeia (Ué) a 30 - os 27 da praxe mais o Principado do Bugio de Oeiras, o Reino Natalício da Lapónia e a Região Autónoma da Madeira - reuniram-se hoje em Madrid numa sessão extraordinária (na imagem) cuja ordem de trabalhos incluía a delineação de um plano de reacção à mais recente contaminação da estabilidade e segurança dos países europeus feita pela Irlanda. Depois do infâme «não» ao Tratado de Lisboa, eis que os Irlandeses voltam a lançar a Europa no pânico e no terror. Foi detectada a presença de dioxinas tóxicas em carne de porco produzida naquele país das ilhas britânicas em quantidades cem vezes superiores ao permitido pela Ué - que é tida por muitos como a maior autoridade mundial nestes assuntos em que entram Porcos. Não obstante terem sido somente doze os países europeus a comprar estas carnes, a preocupação é generalizada, até porque, entre a afectada dúzia, contam-se a França, a Alemanha e o Reino Unido, isto é, nada mais nada menos que os donos da Ué. Dos restantes, destaque para as declarações da responsável pela tutela em Itália, a ex-modelo, ex-apresentadora de televisão e actual concubina de Silvio Berlusconi, Monica Montella, que, à margem dum afluente do Manzanares, afirmou que "pessoalmente, não considero grave, não sou muito apreciadora de carnes vermelhas, sou mais dos bifinhos de frango e do queijo fresco". Já da parte do Ministério português, foi emitido um breve comunicado onde se lia, a páginas duzentas e vinte e quatro, que "em virtude do ora lavrado, não há portanto indícios de que haja um risco real para a saúde das Portuguesas e Portugueses". Remetendo sempre para o comunicado, o ministro Jaime Silva sempre foi dizendo que "o que não mata, engorda". Estas palavras não foram no entanto suficientes para evitar que os jornais, rádios e televisões debitassem um sem-número de notícias estapafúrdias a fazer lembrar o histerismo de uma pré-adolescente à entrada para um concerto dos Tokio Hotel. Nesta linha de análise, um ouvinte idoso da Antena Aberta que ligava do Restelo aventou na edição desta manhã que "este é mais um caso de contaminação noticiosa do que de contaminação de carne". E esta, hein?

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